sábado, 28 de agosto de 2010

Brasil já foi governado por sete vices-presidentes da República

Por Agência Brasil, Agência Brasil, Atualizado: 28/8/2010 14:14
Brasil já foi governado por sete vices-presidentes da República
Iolando Lourenço

Repórter da Agência Brasil

Brasília - Ao votar para presidente da República nas eleições deste ano, os mais de 135 milhões de eleitores escolherão, também, o vice-presidente. Mas, nem sempre foi assim. O processo de escolha do vice no período de 1945 a1964, era diferente. O eleitor votava no candidato a presidente e, também, no candidato a vice, que poderia ser de outra chapa. João Goulart, por exemplo, sem ser da mesma chapa do candidato a presidente, foi eleito vice em dois governos: de Juscelino Kubitschek (1956 a 1960) e de Jânio Quadros (1961).

Com o fim do voto para vice-presidente, em 1964, os candidatos a vice perderam destaques nas campanhas eleitorais, apesar de sua importância política na composição da chapa presidencial. Na ditadura militar (1964 a 1985), com rara exceção, a maioria era desconhecida da população e nenhum deles chegou a assumir o Poder por impedimento do presidente. Em 1969, Pedro Aleixo, vice de Costa e Silva, mesmo com a doença e morte do presidente, não assumiu o cargo: a Presidência da República passou a ser exercida por uma junta militar até a posse do general Emílio Garrastazu Médice.

A história de vices-presidentes que assumiram a Presidência começou no inicio da República quando o primeiro presidente, Marechal Deodoro da Fonseca, renunciou ao cargo e o vice, Floriano Peixoto, passou a exercer a Presidência da República. Na chamada Velha República (1889 a 1930), dos treze presidentes três eram vices que assumiram o cargo. Na era Getúlio Vargas (1930 a 1945), período conhecido como Estado Novo, foi abolida a figura do vice-presidente. O cargo só voltou a existir com a Constituição de 1946.

Desde o fim do período militar até hoje, todos os ocupantes da Vice-Presidência da República saíram do Senado Federal (José Sarney, Itamar Franco, Marco Maciel e José Alencar). Nestas eleições, no entanto, os vices na chapa dos três principais candidatos não vieram de lá. O tucano José Serra escolheu o deputado federal Indio da Costa (DEM-RJ); a petista Dilma Rousseff optou para ter como companheiro de chapa o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (SP); e a senadora Marina Silva (AC), candidata do PV, escolheu o empresário José Guilherme Leal.

Nos 121 anos de República, o Brasil teve 35 presidentes. Desses, sete eram vices que assumiram a Presidência por impedimento do titular. Além dos vices Sarney, Itamar, João Goulart e Floriano Peixoto, também assumiram a Presidência da República os vices Nilo Peçanha (1909) em virtude da morte do presidente Afonso Pena; Delfim Moreira (1918) também em função da morte do presidente Rodrigues Alves e Café Filho (1954) com o suicídio de Getúlio Vargas. Mas o caso mais emblemático é o do vice Itamar Franco, que passou a exercer o cargo com o impeachment do presidente Fernando Collor.

O atual vice-presidente da República, José Alencar, que já substituiu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nesses quase oito anos de governo, por 500 dias, afirmou que não vê a importância do cargo pelo fato de 20 % dos vices-presidentes terem assumido a Presidência da República como sucessores. 'O vice-presidente é o substituo eventual e sucessor eventual [do presidente]', disse.

Em entrevista à Agência Brasil, José Alencar afirmou que a sintonia entre o presidente e o vice é importante para o sucesso do governo. 'É muito bom que o vice seja sintonizado com o presidente'. O fato de sete vices-presidentes terem se tornado presidentes, segundo Alencar, são coisas que aconteceram na história. Ele citou, por exemplo, que ninguém esperava que ocorresse o episódio com o então presidente Fernando Collor, quando o vice Itamar Franco assumiu e que ninguém esperava que Tancredo Neves morresse sem tomar posse.

'É natural, o vice é o sucessor eventual do presidente e é para isso que ele existe e, no mais, é cumprir com o seu dever perante a Nação, o que é um dever de todo homem público, não é só do vice. É o que eu acho que os vices devem ser', disse. 'Do ponto de vista espiritual, do ponto de vista da minha vida, das minhas realizações, é altamente gratificante [ser o vice], porque eu tenho tido a oportunidade de participar de decisões importantes do governo, e isto me realiza muito', completou.

Edição: Aécio Amado

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sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Hélio Costa (PMDB) mantém liderança na disputa do governo mineiro

Eleições2010 - 16/08/2010

Hélio Costa (PMDB) mantém liderança na disputa do governo mineiro

A última pesquisa eleitoral realizada pelo Datafolha antes do horário eleitoral gratuito revela que o ex-ministro das comunicações Hélio Costa (PMDB) mantém a liderança na disputa para o governo de Minas Gerais, com 43% das intenções de voto, com oscilação negativa de um ponto percentual em relação à pesquisa anterior, que mostrava Hélio Costa com 44%. O atual governador, Antonio Anastasia, oscilou negativamente um ponto, e está com 17%. Fabinho (PCB) e Vanessa Portugal (PSTU) têm 2% cada. Professor Luiz Carlos (PSOL). Pepê (PCO), Zé Fernando Aparecido (PV) e Edilson Nascimento (PT do B) tem 1% de intenções de voto cada.

Observa-se que é alto o índice de eleitores mineiros sem candidato, 8% pretendem votar em branco ou anular o voto e 24% estão indecisos.

O levantamento ouviu 1264 eleitores mineiros entre os dias 09 e 12 de agosto de 2010, em 51 cidades do estado de Minas Gerais. A margem de erro desta pesquisa é de três pontos percentuais para mais ou para menos.

O ex-ministro Hélio Costa se destaca entre os homens (50%), entre os que estão na faixa etária entre 45 e 59 anos (49%) e entre os eleitores de Dilma Rousseff (49%). Entre os simpatizantes do PT, 55% afirmam votar em Hélio Costa, assim como entre os simpatizantes do seu partido, dos quais 54% votam no ex-ministro.

Já Antonio Anastasia é preferido entre os moradores da capital, dentre os quais 33% votam no atual governador mineiro, entre os peessedebistas (54%) e entre os mais ricos (31% dos que ganham entre cinco e dez salários mínimos e 28% dos que ganham mais do que dez salários-mínimos.

Espontaneamente, sem a apresentação do cartão com os candidatos, Hélio Costa é citado por 13% dos eleitores mineiros, Antonio Anastasia por 9% e o ex-governador, Aécio Neves, que não concorre ao governo, surge com 4%. Outras respostas somam 3% e a grande maioria (68%) não sabe em quem votar.

A maior rejeição em Minas Gerais continua sendo para o candidato Pepê, com 23% das citações pelos eleitores, seguido pelo candidato Fabinho, com 18%. Edilson Nascimento e Vanessa Portugal têm 15% cada de rejeição. Zé Fernando Aparecido surge com 14% de rejeição. O atual governador Antonio Anastasia, tem 13% de rejeição, índice que oscilou para menos em relação a pesquisa anterior. 12% é o índice de rejeição também do candidato do PSOL Professor Luiz Carlos. A rejeição de Hélio Costa oscilou 1 ponto percentual e agora é de 11% (era 10% em julho). Não rejeitam nenhum candidato somam 16% e outros 3% rejeitam todos os candidatos apresentados. Não sabem, 31%.

Apresentado um cenário de segundo turno entre Hélio Costa e Antonio Anastasia, 54% dos eleitores votariam no ex-ministro, contra 22% que votariam no atual governador. A menor diferença entre eles estaria na capital, onde Hélio Costa obtém 46% das intenções de voto contra Antonio Anastasia que obtém 36%. No interior, o peemedebista alcança 55% contra 18% de Antonio Anastasia. Dos eleitores, nesse cenário, 7% votariam em branco ou anulariam seu voto e 17% afirmam não saber em quem votar.


Aécio Neves (PSDB) amplia vantagem para o senado de Minas.
Ex-Presidente Itamar Franco (PPS) mantém segundo lugar

A vantagem de Aécio Neves (PSDB) é ampliada na última pesquisa antes do horário eleitoral gratuito de rádio e TV. O ex-governador alcança 68% das intenções de voto, crescimento de seis pontos em relação à pesquisa anterior, no fim de julho, quando ele obtinha 62% das citações. As intenções de voto para o ex-presidente Itamar Franco (PPS) também crescem de 41% para 47%. Pimentel (PT), ex-prefeito de Belo Horizonte, oscilou três pontos negativamente e agora tem 20% das intenções de voto. Miguel Martini (PHS) e Marilda Ribeiro (PSOL) tem 3% cada e com 2% cada surgem Rafael Pimenta (PCB), Betão (PCO), José João da Silva (PSTU) e Alfredo (PRB). Mineirinho (PSOL), Efraim Moura (PSTU) e Zito Vieira (PC do B) têm 1% cada. Dos eleitores, 15% afirmam votar em branco ou anular o voto e 35% não sabem ainda em quem votar.

Foram ouvidos 1264 eleitores em Minas Gerais em 51 municípios entre os dias 09 e 12 de agosto de 2010, e a margem de erro máxima para esta amostra é de 3,0 pontos percentuais para mais ou para menos.

Aécio tem melhor desempenho entre os eleitores de Belo Horizonte (75%), entre os que têm entre 25 e 34 anos (70%), entre os que ganham entre cinco e dez salários mínimos (76%) e entre os mais jovens, (72%).

Itamar Franco, por sua vez, se destaca entre os homens (51%), entre os que têm entre 35 e 44 anos (52%), entre os mais escolarizados (54%) e entre os simpatizantes do PSDB (62%).


São Paulo, 13 de agosto de 2010

sábado, 14 de agosto de 2010

Hélio Costa tem 43% na disputa pelo governo de Minas, segundo Datafolha

O senador ex-ministro Hélio Costa (PMDB) lidera com 43% a disputa pelo governo de Minas Gerais e o atual governador Antonio Anastasia (PSDB) tem 17%, de acordo com pesquisa Datafolha encomendada pela TV Globo e pelo jornal “Folha de S.Paulo”.

O levantamento é o segundo realizado pelo Datafolha depois da oficialização das candidaturas. Foi feito de segunda-feira (9) a quinta-feira (12), com 1.264 entrevistas em 51 municípios. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos. A pesquisa está registrada no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) com o número 59520/2010.

Em um eventual segundo turno entre Hélio Costa e Anastasia, o peemedebista venceria o tucano por 54% a 22%, de acordo com o Datafolha.

Em relação ao primeiro turno, o cenário da pesquisa mostra estabilidade. Na sondagem realizada pelo instituto em julho, Hélio Costa tinha 44% e Anastasia, 18%. Vanessa Portugal (PSTU) manteve 2% nas duas pesquisas. Professor Luiz Carlos (Psol) tinha 2% e agora tem 1%, enquanto Fabinho (PCB) subiu de um para 2%. Pepê (PCO), Zé Fernando Aparecido (PV) e Edilson Nascimento (PT do B) registraram 1% nas duas pesquisas.

Dilma aparece na frente. A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, aparece pela primeira vez à frente de seu principal adversário na corrida eleitoral, José Serra (PSDB), segundo o Datafolha. De acordo com o levantamento divulgado ontem, a ex-ministra cresceu cinco pontos percentuais com relação à última pesquisa, realizada em julho, e agora tem 41% das intenções de voto. Ao mesmo tempo, o tucano oscilou negativamente de 37 para 33%. Marina Silva (PV) manteve os 10% que havia registrado na sondagem anterior.